O Individual como Base do Colectivo
Tudo quanto é apenas colectivo é desordem. A ordem vem da composição individual. Mas a composição individual para formar em si a ordem necessita de que esta também se projecte no colectivo.
A expressĂŁo do colectivo Ă© o pânico. O terror sĂł se submete pelo terror. O pânico tem duas expressões de terror: a centrĂfuga e a centrĂpeta. A expressĂŁo que se desfaz a si mesma e a que permanece estática e se adentra.A Ăşnica maneira de aparentar a ordem no colectivo Ă© manejar o pânico. Mas como todo o estado psĂquico, por mais inteiro que se apresente tende a suavizar-se se era violento e a tornar-se violento se era suave, Ă© necessário para manter o estado de pânico, que se lhe estabeleçam tantas modalidades diferentes e sucessivas que consigam realmente fazer desviar as atenções da sua insistĂŞncia. PorĂ©m, este processo nĂŁo tem fim. É o processo da mĂstica colectiva. Filha do desespero individual, a mĂstica colectiva nĂŁo faz alterar a realidade mas consegue temporáriamente submeter todos os indivĂduos Ă s mesmas circunstâncias. E atĂ© que se formem as novas Ă©lites as mĂsticas colectivas sĂŁo espera.
Ao vermos os grandes exércitos, reluzentes nas paradas ou disfarçados com a própria cor da terra das batalhas,
Textos sobre Cores de Almada Negreiros
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