Igualdade nĂŁo Ă© Identidade
Combaterei pelo primado do Homem sobre o indivĂduo – como do universal sobre o particular. Creio que o culto do universal exalta e liga as riquezas particulares – e funda a Ăşnica ordem verdadeira, que Ă© a da vida. Uma árvore está em ordem, apesar das raĂzes que diferem dos ramos.
Creio que o culto do particular só leva à morte – porque funda a ordem na semelhança. Confunde a unidade do Ser com a identidade das suas partes. E devasta a catedral para alinhar pedras. Combaterei, pois, todo aquele que pretenda impor um costume particular aos outros costumes, um povo aos outros povos, uma raça às outras raças, um pensamento aos outros pensamentos.
Creio que o primado do Homem fundamenta a Ăşnica Igualdade e a Ăşnica Liberdade que tĂŞm significado. Creio na Igualdade dos direitos do Homem atravĂ©s de cada indivĂduo. E creio que a Ăşnica liberdade Ă© a da ascensĂŁo do homem. Igualdade nĂŁo Ă© Identidade. A Liberdade nĂŁo Ă© a exaltação do indivĂduo contra o Homem. Combaterei todo aquele que pretenda submeter a um indivĂduo – ou a uma massa de indivĂduos – a liberdade do Homem.
Creio que a minha civilização denomina «Caridade» o sacrifĂcio consentido ao Homem para que este estabeleça o seu reino.
Textos sobre Costumes de Antoine de Saint-Exupéry
2 resultados Textos de costumes de Antoine de Saint-Exupéry. Leia este e outros textos de Antoine de Saint-Exupéry em Poetris.
A Lei Pode Ser Vista como Costume ou como PolĂcia
É uma ignorĂŁncia imperdoável nĂŁo saber que a lei Ă© significação das coisas e nĂŁo rito mais ou menos estĂ©ril por ocasiĂŁo destas coisas. Ao legislar sobre o amor, faço nascer determinada forma de amor. O meu amor Ă© desenhado pelas prĂłprias coacções que lhe imponho. A lei, portanto, tanto pode ser costume como polĂcia.