Nascer Todas as Manhãs
Apesar da idade, não me acostumar à vida. Vivê-la até ao derradeiro suspiro de credo na boca. Sempre pela primeira vez, com a mesma apetência, o mesmo espanto, a mesma aflição. Não consentir que ela se banalize nos sentidos e no entendimento. Esquecer em cada poente o do dia anterior. Saborear os frutos do quotidiano sem ter o gosto deles na memória. Nascer todas as manhãs.
Textos sobre Credo de Miguel Torga
1 resultado Textos de credo de Miguel Torga. Leia este e outros textos de Miguel Torga em Poetris.