Regressar Ă InocĂȘncia
Seja como as crianças, mantenha os olhos abertos, sem preconceitos escondidos atrĂĄs da vista. Se olhar com clareza, pequenas flores, ou pedaços de relva, ou borboletas, ou um pĂŽr do Sol proporcionar-lhe-ĂŁo tanta felicidade quanto a que Gautama Buda encontrou na sua iluminação. Isto nĂŁo depende das coisas, mas sim da sua abertura. O conhecimento fecha-o; transforma-se numa cerca, numa prisĂŁo. Mas a inocĂȘncia abre todas as portas e todas as janelas.
O sol entra e uma brisa fresca flui.
De repente, o perfume das flores faz-lhe uma visita.
E de vez em quando um påssaro virå cantar uma canção e entrar por outra janela.
A inocĂȘncia Ă© a Ășnica religiosidade que existe.
A religiosidade nĂŁo depende das escrituras sagradas nem do que se sabe sobre o mundo. SĂł depende de se estar preparado para ser como um espelho lĂmpido, que nada reflecte.
Um total silĂȘncio, inocĂȘncia, pureza… e toda a existĂȘncia Ă© transformada para si. Cada momento passa a ser de ĂȘxtase. As pequenas coisas, como beber uma chĂĄvena de chĂĄ, tornam-se oraçÔes tĂŁo poderosas que nenhuma outra oração se lhes pode comparar. Basta observar uma nuvem a mover-se livremente no cĂ©u, e da inocĂȘncia surge uma sincronicidade.
Textos sobre Dia de Rajneesh
3 resultadosO Significado da Vida
TerĂĄ a vida algum significado, algum sentido ou valor? A pergunta Ă©: a vida, viver, terĂĄ algum propĂłsito? SerĂĄ que viver nos farĂĄ chegar, um dia, a algum lado? Viver Ă© um meio. A meta, o objetivo, esse lugar muito distante situado algures, Ă© o fim. E Ă© esse fim que lhe confere sentido. Se nĂŁo houver um fim, a vida nĂŁo terĂĄ, certamente, sentido, e serĂĄ preciso criar um Deus para lhe dar sentido.
Primeiro, foi preciso separar os fins dos meios. Isto divide a nossa mente. A nossa mente estĂĄ sempre a perguntar porquĂȘ? Para quĂȘ? E tudo o que nĂŁo consegue dar uma resposta Ă pergunta «Para quĂȘ?» vai perdendo lentamente valor para nĂłs. Foi assim que o amor se tornou algo sem valor. Que sentido faz o amor? Onde poderĂĄ levar-nos? Que alcançaremos com ele? Chegaremos a alguma utopia, a algum paraĂso? Ă evidente que, encarado dessa maneira, o amor nĂŁo faz nenhum sentido. Ă vĂŁo.Que sentido tem a beleza? Contemplamos um pĂŽr do sol e ficamos deslumbrados com a sua grande beleza, mas qualquer idiota pode perguntar-nos, «Que significa um pĂŽr do sol?», e nĂŁo teremos uma resposta para lhe dar.
NĂŁo Queira Ser Especial
Se uma pessoa se aceitar tal como Ă© e usar as suas capacidades para desenvolver a criatividade – e todas as pessoas nascem com certas capacidades, determinados talentos e alguma criatividade serĂĄ imensamente feliz apesar de nĂŁo ser ninguĂ©m. Um indivĂduo nĂŁo tem de ser forçosamente feliz sĂł porque se converteu no homem mais rico ou no homem mais poderoso do mundo. Estas sĂŁo as noçÔes infantis do homem primitivo, um fardo que temos carregado atĂ© aos dias de hoje.
Eu gostava de lhe pedir: abandone as palavras «aceitação total». Substitua-as por palavras simples e sinta-se alegre interiormente. No momento em que se alegrar em si mesmo, toda a existĂȘncia se alegra em si. TerĂĄ, entĂŁo, alcançado a sintonia com a dança harmoniosa que acontece ao seu redor.
Só o homem se desfez em pedaços, e o motivo por que se desfez tem que ver com o facto de querer ser especial. Se quiser ser especial, terå de aceitar algum tipo de loucura.