A Nossa Avidez Infinita
Todos nĂłs sofremos de uma avidez infinita. As nossas vidas sĂŁo-nos preciosas, estamos sempre alerta contra os desperdĂcios. Ou talvez fosse melhor chamar a isso Sentido de Destino Pessoal. Sim. Creio que Ă© melhor do que avidez. Deverá a minha vida perder um milĂ©simo de polegada da sua plenitude? É uma coisa diferente avaliar-se a si prĂłprio ou vangloriar-se loucamente. E há entĂŁo os nossos planos, os nossos ideais. TambĂ©m eles sĂŁo perigosos. Podem consumir-nos como parasitas, comer-nos, sorver-nos e deixar-nos exangues e prostrados. E no entanto estamos constantemente a convidar os parasitas, como se estivĂ©ssemos ansiosos por sermos sorvidos e comidos. Isto porque nos ensinaram que nĂŁo há limites para o que um homem pode ser.
Há seiscentos anos um homem era o que o seu nascimento demarcava para ele. Satanás e a Igreja, representante de Deus, lutavam por ele. Ele, pela sua escolha, decidia em parte qual seria o resultado. Mas quer fosse, depois da morte, para o céu ou para o inferno, o seu lugar entre os vivos estava marcado. Não podia ser contestado. Desde então o palco foi novamente arranjado e os seres humanos apenas passeiam nele e, sob este novo ponto de vista,
Textos sobre Direito de Saul Bellow
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