O Dom de Deixar Ir
É preciso aprender a viver. A qualidade da nossa existĂŞncia depende de um equilĂbrio fundamental na nossa relação com o mundo: apego e desapego. Nesta vida, a ponderação, a proporção e a subtileza sĂŁo sempre melhores que qualquer arrebatamento. Mas o essencial Ă© aprender que a existĂŞncia Ă© feita de dádivas e perdas.
Eis porque quem reza deve pedir e agradecer: tudo é, na verdade, um dom. Tudo passa… importa pois prepararmo-nos para a perda, ainda que tantas vezes não seja senão temporária… Alegrias e dores. Só há felicidade num coração onde habita a sabedoria e paciência dos tempos e dos momentos, a paz de quem sabe que são muitos os porquês e para quês que ultrapassam a capacidade humana de compreender.
Na vida, tudo se recebe e tudo se perde.
Amar Ă© um apego natural mas tambĂ©m obriga a que deixemos o outro ser quem Ă©, abrindo mĂŁo e permitindo-lhe que parta, ou que fique, sem desejar outra coisa senĂŁo que seja radicalmente livre. Aprendendo que há muito mais valor no ato de quem decide ficar do que naquele de quem sĂł está por nĂŁo poder partir.Nada verdadeiramente nos pertence. O sublime do amor está aĂ,
Textos sobre Fidelidade de JosĂ© LuĂs Nunes Martins
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