ComparaĆ§Ć£o de Obras de Arte
Ć questĆ£o de saber se se devem ou nĆ£o fazer comparaƧƵes quando se observam diferentes obras de arte gostarĆamos de dar a resposta que se segue. O conhecedor que tem formaĆ§Ć£o adequada deve comparar: a ideia paira Ć sua frente, apreendeu o conceito relativo ao que pode e ao que deve ser produzido. O amador, que Ć© apanhado ainda no trajecto da sua formaĆ§Ć£o, sĆ³ tem a ganhar se nĆ£o fizer comparaƧƵes e se observar em separado cada realizaĆ§Ć£o: Ć© assim que o seu gosto e o seu sentido do geral se irĆ£o formando a pouco e pouco. Quanto Ć comparaĆ§Ć£o levada a cabo pelo nĆ£o iniciado Ć© apenas uma soluĆ§Ć£o de facilidade que dispensa qualquer juĆzo.
Textos sobre FormaĆ§Ć£o de Johann Wolfgang von Goethe
2 resultadosA Luta do Antigo e do Novo
Ć sempre igual a luta do que Ć© antigo, do que jĆ” existe e procura subsistir, contra o desenvolvimento, a formaĆ§Ć£o e a transformaĆ§Ć£o. Toda a ordem acaba por dar origem Ć pedanteria e para nos libertarmos dela destrĆ³i-se a ordem. Depois, demora sempre algum tempo atĆ© que se ganhe consciĆŖncia de que Ć© preciso voltar a estabelecer uma ordem. O clĆ”ssico face ao romĆ¢ntico, a obrigaĆ§Ć£o corporativa face Ć liberdade profissional, o latifĆŗndio face Ć pulverizaĆ§Ć£o da propriedade fundiĆ”ria: o conflito Ć© sempre o mesmo e hĆ”-de sempre dar origem a um novo conflito. Deste modo, a maior prova de entendimento por parte do governante seria regular essa luta de tal maneira que, sem prejuĆzo de cada uma das partes, conseguisse manter-se equidistante.
Ć, no entanto, uma possibilidade que nĆ£o foi dada aos homens, e Deus nĆ£o parecer querer que assim aconteƧa.