Lutar Contra as Adversidades
Depois dos bons momentos… vĂȘm sempre os piores. O encontro com o mais belo da existĂȘncia nĂŁo anula a nossa fragilidade. Mais uma vez, caĂmos. Mais uma vez, experimentamos a derrota, sentimos que nĂŁo somos tĂŁo importantes quanto julgĂĄvamos, nem, tĂŁo-pouco, nada de extraordinĂĄrio. Estamos, mais uma vez, no chĂŁo. Encolhidos. Como no ventre da nossa mĂŁe.
A fraqueza acumulada Ă© uma adversidade brutal. NĂŁo Ă© apenas necessĂĄrio lutar contra o que temos por diante, temos de combater tambĂ©m as derrotas das lutas anteriores, todas as dores, cicatrizes e feridas abertas… todas as perdas.
O que faz Ă vontade o sofrimento recorrente? Aumenta a tentação de ceder ao mal. Como se fosse natural habituarmo-nos mais aos vĂcios do que Ă s virtudes.
A cada passo o caminho se torna mais longo…
Sofremos o que nĂŁo merecemos. Mas a tristeza sĂł Ă© absurda quando nĂŁo se sabe por que se luta… enquanto nĂŁo se consegue ver sentido algum na dor…
HĂĄ homens e mulheres que, longe dos olhares alheios, lutam contra adversidades enormes, que alguns imaginam impossĂveis. Lutam, sofrem e erguem-se, apesar de tudo.
A sua vontade de viver e sorrir Ă© maior do que a de desistir e chorar.
Textos sobre Fragilidade de JosĂ© LuĂs Nunes Martins
3 resultadosSomos a Resposta que Damos ao que Nos Acontece
Somos frĂĄgeis. A vida Ă© dura. NĂŁo somos o que nos acontece.
HĂĄ pesos que nĂŁo podemos rejeitar. Toda a revolta seria tĂŁo ilusĂłria quanto inĂștil. Mas nĂŁo devemos ficar pela simples resignação, Ă© preciso que assumamos esses pesos e os queiramos levar de vencidos. Que escolhamos ser quem somos, apesar deles. Com eles. Neles.
Somos a resposta que damos ao que nos acontece.
Temos de aceitar a indiferença e a incompreensĂŁo dos outros. As dĂșvidas e as contradiçÔes do mundo sĂŁo um peso acrescido, que devemos carregar junto Ă s nossas prĂłprias dores, falhas e fraquezas.
Depois, hĂĄ ainda os pesos que os outros nĂŁo podem, ou nĂŁo querem, levar…
Os males pesam, sempre. Sejam os meus, os do mundo ou os dos que amo… hĂĄ que aceitĂĄ-los primeiro, para lhes fazer frente depois.
Ă essencial aceitar a fraqueza das nossas forças. A impermanĂȘncia de tudo o que temos. A fragilidade do que somos.
Por vezes, a cruz Ă© o caminho.
Ă na dor que o verdadeiro amor se manifesta.
Tenho de me negar a mim mesmo se quero amar o outro.
O Medo do Fim
Alguns pensam que a felicidade Ă© a ausĂȘncia de sofrimento… mas, na verdade, estĂĄ errada essa ideia. A felicidade e o sofrimento sĂŁo ambos pilares fundamentais da existĂȘncia. Sem sofrimento a nossa humanidade nĂŁo seria provada e os nossos dias nĂŁo teriam valor. Assim tambĂ©m a felicidade, sendo a alegria mais profunda, Ă© o que dĂĄ sentido a todas as noites… nĂŁo sĂŁo realidades que se possam medir, mas nĂŁo deixam de ser algo tĂŁo concreto como as nossas duas mĂŁos, que sempre trabalham em conjunto, sabendo cada uma o seu papel e o seu valor.
Evitar a dor nĂŁo nos torna mais fortes.
Tememos as perdas. Tememos a morte. Talvez porque o nada Ă© um abismo que assusta todos quantos tĂȘm uma vida com valor. Porque somos impelidos a defender o significado do que erguemos aqui. NĂŁo se quer aceitar que tudo quanto se construiu, durante uma vida, seja suprimido sem deixar rasto. Quantas vezes nĂŁo Ă© o momento do fim que se teme, mas antes o que se pode fazer atĂ© lĂĄ?
Caminhar rumo ao desconhecido Ă© uma prova de coragem e de fĂ© diante das evidĂȘncias deste mundo. Os olhos nĂŁo querem ver nem as pernas caminhar,