O Perigo nas RelaçÔes Humanas
Nas relaçÔes humanas o perigo Ă© coisa de todos os dias. Deves precaver-te bem contra este perigo, deves estar sempre de olhos bem abertos: nĂŁo hĂĄ nenhum outro tĂŁo frequente, tĂŁo constante, tĂŁo enganador! A tempestade ameaça antes de rebentar, os edifĂcios estalam antes de cair por terra, o fumo anuncia o incĂȘndio prĂłximo: o mal causado pelo homem Ă© sĂșbito e disfarça-se com tanto mais cuidado quanto mais prĂłximo estĂĄ. Fazes mal em confiar na aparĂȘncia das pessoas que se te dirigem: tĂȘm rosto humano, mas instintos de feras. SĂł que nestas apenas o ataque directo Ă© perigoso; se nos passam adiante nĂŁo voltam atrĂĄs Ă nossa procura. AliĂĄs, somente a necessidade as instiga a fazer mal; a fome ou o medo Ă© que as forçam a lutar. O homem, esse, destrĂłi o seu semelhante por prazer. Tu, contudo, pensando embora nos perigos que te podem vir do homem, pensa tambĂ©m nos teus deveres enquanto homem. Evita, por um lado, que te façam mal, evita, por outro, que faças tu mal a alguĂ©m. Alegra-te com a satisfação dos outros, comove-te com os seus dissabores, nunca te esqueças dos serviços que deves prestar, nem dos perigos a evitar. Que ganharĂĄs tu vivendo segundo esta norma?
Textos sobre IncĂȘndio de SĂ©neca
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