Textos sobre InĂșteis de JosĂ© LuĂ­s Nunes Martins

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Textos de inĂșteis de JosĂ© LuĂ­s Nunes Martins. Leia este e outros textos de JosĂ© LuĂ­s Nunes Martins em Poetris.

Somos a Resposta que Damos ao que Nos Acontece

Somos frĂĄgeis. A vida Ă© dura. NĂŁo somos o que nos acontece.

HĂĄ pesos que nĂŁo podemos rejeitar. Toda a revolta seria tĂŁo ilusĂłria quanto inĂștil. Mas nĂŁo devemos ficar pela simples resignação, Ă© preciso que assumamos esses pesos e os queiramos levar de vencidos. Que escolhamos ser quem somos, apesar deles. Com eles. Neles.

Somos a resposta que damos ao que nos acontece.

Temos de aceitar a indiferença e a incompreensĂŁo dos outros. As dĂșvidas e as contradiçÔes do mundo sĂŁo um peso acrescido, que devemos carregar junto Ă s nossas prĂłprias dores, falhas e fraquezas.

Depois, hĂĄ ainda os pesos que os outros nĂŁo podem, ou nĂŁo querem, levar…

Os males pesam, sempre. Sejam os meus, os do mundo ou os dos que amo… hĂĄ que aceitĂĄ-los primeiro, para lhes fazer frente depois.

É essencial aceitar a fraqueza das nossas forças. A impermanĂȘncia de tudo o que temos. A fragilidade do que somos.

Por vezes, a cruz Ă© o caminho.

É na dor que o verdadeiro amor se manifesta.

Tenho de me negar a mim mesmo se quero amar o outro.

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O Sentido TrĂĄgico do Amor

Todo o homem tende naturalmente para o amor. Acontece que o conceito comum de amor corresponde de forma quase universal a uma ideia genérica, ambivalente e, tantas vezes, errada, porque tão irreal.

Amar Ă© dar-se. Entregar a prĂłpria essĂȘncia a um outro, lutando em favor dele. De forma pura e gratuita, sem esperar outra recompensa senĂŁo a de saber que se conseguirĂĄ ser o que se Ă©. Amar, ao contrĂĄrio do que julgam muitos, nĂŁo Ă© uma fonte de satisfação… Amar Ă© algo sĂ©rio, arrebatador e tremendamente desagradĂĄvel. Quem ama sabe que isso mais se parece com uma espĂ©cie de maldição do que com narrativas infantis de final invariavelmente feliz…

Cavaleiros valentes e princesas encantadas sĂŁo, no entanto, excelentes metĂĄforas que pretendem passar a ideia da coragem e da nobreza de carĂĄcter essenciais a quem ama. Ama-se quando se Ă© capaz de se ser quem Ă©, verdadeiramente.
Esta luta herĂłica pelo valor da essĂȘncia do outro nĂŁo estĂĄ ao alcance de todos. A maior parte das pessoas sĂŁo egocĂȘntricas, alegram-se a entrançar os seus egoĂ­smos em figuras improvisadas de resultado sempre disforme a que teimam chamar amor. Talvez porque assim consigam disfarçar o vazio que Ă© a prova de quĂŁo frustrante,

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