Textos Longos de ConfĂșcio

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A Perseverança

Se hĂĄ pessoas que nĂŁo estudam ou que, se estudam, nĂŁo aproveitam, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo interrogam os homens instruĂ­dos para esclarecer as suas dĂșvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, nĂŁo conseguem ficar mais instruĂ­das, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo meditam ou que, mesmo que meditem, nĂŁo conseguem adquirir um conhecimento claro do princĂ­pio do bem, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, nĂŁo tĂȘm uma percepção clara e nĂ­tida, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, nĂŁo podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; o que outros fariam numa sĂł vez, elas o farĂŁo em dez, o que outros fariam em cem vezes, elas o farĂŁo em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-ĂĄ uma pessoa esclarecida, por mais fraco que seja, tornar-se-ĂĄ necessariamente forte.

Detalhes Importantes da Governação

Um sĂĄbio evita dizer ou fazer o que nĂŁo sabe. Se os nomes nĂŁo condizem com as coisas, hĂĄ confusĂŁo de linguagem e as tarefas nĂŁo se executam. Se as tarefas nĂŁo se executam, o bem-estar e a harmonia sĂŁo negligenciados. Sendo estes negligenciados, os suplĂ­cios e demais castigos nĂŁo sĂŁo proporcionais Ă s faltas, o povo nĂŁo sabe mais o que fazer. Um princĂ­pe sĂĄbio dĂĄ Ă s coisas os nomes adequados e cada coisa deve ser tratada segundo o significado do seu nome. Na escolha dos nomes deve-se estar muito atento.
(…) Suponhamos que um homem aprenda as trezentas odes de Chen King e que, em seguida, se fosse encarregado de uma parte da administração, mostrasse pouca habilidade; se fosse enviado em missĂŁo a paĂ­ses estrangeiros, mostrasse incapacidade para resolver por si mesmo; de que lhe teria servido toda a sua literatura?
(…) Se o prĂłprio prĂ­ncipe Ă© virtuoso, o povo cumprirĂĄ os seus deveres sem que lhe ordene; se o prĂłprio prĂ­ncipe nĂŁo Ă© virtuoso, pouco importa que dĂȘ ordens; o povo nĂŁo as seguirĂĄ.