A Guerra como Revolta da TĂ©cnica
Todos os esforços para estetizar a polĂtica convergem para um ponto. Esse ponto Ă© a guerra. A guerra e somente a guerra permite dar um objectivo aos grandes movimentos de massa, preservando as relações de produção existentes. Eis como o fenĂłmeno pode ser formulado do ponto de vista polĂtico. Do ponto de vista tĂ©cnico, a sua formulação Ă© a seguinte: somente a guerra permite mobilizar na sua totalidade os meios tĂ©cnicos do presente, preservando as actuais relações de produção. É Ăłbvio que a apoteose fascista da guerra nĂŁo recorre a esse argumento. Mas seria instrutivo lançar os olhos sobre a maneira como ela Ă© formulada. No seu manifesto sobre a guerra colonial da EtiĂłpia, diz Marinetti: «Há vinte e sete anos, nĂłs futuristas contestamos a afirmação de que a guerra Ă© antiestĂ©tica (…) Por isso, dizemos: (…) a guerra Ă© bela, porque graças Ă s máscaras de gás, aos megafones assustadores, aos lança-chamas e aos tanques, funda a supremacia do homem sobre a máquina subjugada. A guerra Ă© bela, porque inaugura a metalização onĂrica do corpo humano. A guerra Ă© bela, porque enriquece um prado florido com as orquĂdeas de fogo das metralhadoras. A guerra Ă© bela, porque conjuga numa sinfonia os tiros de fuzil,
Textos sobre Máquina de Walter Benjamin
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