Progresso Aparente
O homem progride em todos os sentidos. Domina a matĂ©ria, Ă© incontestável, mas ainda nĂŁo se sabe dominar a si mesmo. Sim, façam-se caminhos de ferro e telĂ©grafos, atravessem-se num abrir e fechar de olhos terras e mares, mas dirijam-se tambĂ©m as paixões como se conduzem os aerĂłstatos: abulam-se sobretudo as paixões malignas que, apesar das máximas liberais e fraternas da nossa Ă©poca, ainda nĂŁo perderam o seu domĂnio detestável sobre os nossos corações. É nisso que reside o verdadeiro progresso, e atĂ© a verdadeira felicidade! Mas, pelo contrário, atĂ© parece que os nossos instintos de cobiça e de gozo egoĂsta foram infindamente ainda mais excitados por todas estas inovações materiais.
O desejo de uma felicidade impossĂvel, que seria obtida independentemente na satisfação que nos vem da paz da alma, Ă© indissociável já de qualquer nova descoberta e parece fazer retroceder no tempo a quimera desse paraĂso dos sentidos.
Textos sobre Máximas de Eugène Delacroix
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