Sociedade do DesperdĂ­cio

Uma tentação imediata do nosso tempo Ă© o desperdĂ­cio. NĂŁo Ă© sĂł resultado duma invenção constante da oferta que leva ao apetite do consumo, como Ă©, sobretudo, uma forma de aristocracia tĂ©cnica. O tecnocrata, novo aristocrata da inteligĂȘncia artificial, dos nĂșmeros e dos computadores, propĂ”e uma sociedade de dissipação. PropĂ”e-na na medida em que favorece os mĂ©todos de maior rendimento e a rapina dos recursos naturais. As hormonas que fazem crescer uma vitela em trĂȘs meses, as ĂĄrvores que dĂŁo fruto trĂȘs vezes por ano, tudo obriga a natureza a render mais. Para quĂȘ? Para que os alimentos se amontoem nas lixeiras e os desperdĂ­cios de cozinha ou de vestuĂĄrio sirvam afinal para descrever o bluff da produtividade.