A Vaidade da Tua Imagem
Só podes ter esperanças de ser fiel se sacrificares a vaidade da tua imagem. É dizeres: «Eu penso como eles, sem distinção.» Ver-te-ás desprezado. Mas sendo, como és, parte desse corpo, queres lá saber do desprezo! Em vez de te importares com ele, agirás sobre esse corpo. E carregá-lo-ás com a tua própria inclinação. E irás buscar a tua honra à honra deles. Porque não há outra coisa a esperar.
Se tens motivos para teres vergonha, não te exponhas. Não fales. Rumina a tua vergonha. Essa indigestão que te forçará a restabeleceres-te na tua casa é excelente. Porque depende de ti. Mas aquele acolá tem os membros doentes. Que faz ele? Manda cortar os quatro membros. É doido. Podes procurar a morte para que ao menos em ti respeitem os teus. Mas não podes renegá-los, porque então é a ti que te renegas.
Textos sobre Motivo de Antoine de Saint-Exupéry
2 resultadosAs Ăšnicas Verdades que se Demonstram SĂŁo as do Passado
Aqueles que se apoiam em razões coerentes e não na riqueza do coração, que discutem para agir segundo a razão, nem sequer chegarão a agir porque aos silogismos deles alguém mais hábil oporá argumentos melhores, aos quais eles, depois de terem reflectido, oporão argumentos ainda melhores. E assim, de advogado hábil em advogado mais hábil, por toda a eternidade.
As Ăşnicas verdades que se demonstram sĂŁo as do passado, evidentes em primeiro lugar porque sĂŁo. Se quiseres explicar pela razĂŁo o motivo por que determinada obra Ă© grande, consegui-lo-ás sem dĂşvida. Porque conheces de antemĂŁo o que desejas demonstrar. Mas a criação nĂŁo pertence a esse domĂnio. Experimenta dar pedras ao teu contabilista e ele nĂŁo construirá templo algum.