Nascer em NĂłs
Depositamos pouca fé em nós mesmos. Acreditamos que as boas soluções só podem chegar-nos de fora, como se fossemos incapazes de as criar… Quantas vezes a fé e a esperança aparecem como uma desculpa confortável em que nos instalamos e desistimos de trabalhar!? Queremos muito que tudo mude (para melhor), de uma vez só, com uma só chave milagrosa e… enquanto estamos a dormir.
Outro Ă© o desafio da existĂŞncia humana. Para alĂ©m de saber esperar, Ă© preciso lutar e sofrer. Esperar nĂŁo Ă© ficar Ă espera, mas encontrar forma para que as coisas aconteçam. O melhor do mundo está no fundo de nĂłs, mas Ă© preciso que o façamos nascer e crescer…As soluções estĂŁo, na maior parte dos casos, no seio dos problemas, quase sempre no exato ponto onde eles nasceram. Os problemas nĂŁo sĂŁo becos sem saĂda, mas muros a transpor: nĂŁo sĂŁo algo acabado, mas sim processos… nĂŁo sĂŁo quĂŞs, sĂŁo comos.
Deus pode nascer em nĂłs, nĂŁo vem de fora, como um forasteiro. É connosco. É-nos Ăntimo. SĂŁo as nossas mĂŁos que o encarnam… Ă© pela nossa vida que Ele quer chegar ao mundo.
Há muitos que o querem no alto,
Textos sobre Processos de JosĂ© LuĂs Nunes Martins
2 resultadosTodos Erramos
Apontamos quase sempre o dedo a quem erra… Condenamos os outros com enorme facilidade. Compreendemo-los pouco, perdoamo-los ainda menos. Mas, será que atirar pedras é o mais justo, eficaz e melhor?
Temos uma necessidade quase primária de julgar o comportamento alheio, de o analisar e avaliar ao mais Ănfimo detalhe, sempre de um ponto de vista superior, como se o sentido da nossa existĂŞncia, a nossa missĂŁo, passasse por sentenciar todos quantos cruzam a sua vida com a nossa… condenando-os… na firme convicção de que assim estamos a ajudar… a melhorar.
Comete erro em cima de erro quem se dedica a julgar os erros dos outros…
Julgamos de forma absoluta, na maior parte das vezes, generalizando um gesto ou dois, achando que cada pequena ação revela tudo quanto há a saber sobre determinada pessoa… mais, achamos que cada homem ou é bom ou é mau… como se não fossemos todos… de carne e osso… de luz e sombras.
Já a nĂłs nĂŁo nos julgamos nem nos deixamos julgar. Consideramos que, no caso especĂfico da nossa vida, sĂŁo tantos os factores que tĂŞm de se levar em conta (quase todos atenuantes) que se torna impossĂvel qualquer tipo de veredicto…