A ImportĂąncia de Aprender vĂĄrias LĂ­nguas

Pessoas com poucas capacidades nĂŁo conseguirĂŁo realmente assimilar com facilidade uma lĂ­ngua estrangeira: embora aprendam as suas palavras, empregam-nas apenas no significado do equivalente aproximado da sua lĂ­ngua materna e continuam a manter as construçÔes e frases prĂłprias desta Ășltima. Com efeito, esses indivĂ­duos nĂŁo conseguem assimilar o espĂ­rito da lĂ­ngua estrangeira, que depende essencialmente do facto do seu pensamento nĂŁo se dar por meios prĂłprios, mas, em grande parte, de ser emprestado pela lĂ­ngua materna, cujas frases e locuçÔes habituais substituem os seus prĂłprios pensamentos. Eis, portanto, a razĂŁo de eles sempre se servirem, tambĂ©m na prĂłpria lĂ­ngua, de expressĂ”es idiomĂĄticas desgastadas, combinando-as de modo tĂŁo inĂĄbil, que logo se percebe quĂŁo pouco se dĂŁo conta do seu significado e quĂŁo pouco todo o seu pensamento supera as palavras, de modo que tudo se reduz a um palratĂłrio de papagaios. Pela razĂŁo oposta, a originalidade das locuçÔes e a adequação individual de cada expressĂŁo usada por alguĂ©m sĂŁo o sintoma inequivocĂĄvel de um espĂ­rito preponderante.
Por conseguinte, de tudo isso resultam os seguintes factores: no aprendizado de toda a lĂ­ngua estrangeira, sĂŁo formados novos conceitos para dar significado a novos signos; certos conceitos separam-se uns dos outros, enquanto antes constituĂ­am juntos um conceito mais amplo e,

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