Textos sobre Superiores

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Textos de superiores escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

O Defeito dos Homens Activos

Aos activos falta, habitualmente, a actividade superior: refiro-me à individual. Eles são activos enquanto funcionários, comerciantes, eruditos, isto é, como seres genéricos, mas não enquanto pessoas perfeitamente individualizadas e únicas; neste aspecto, são indolentes. A infelicidade das pessoas activas é a sua actividade ser quase sempre um tanto absurda. Não se pode, por exemplo, perguntar ao banqueiro, que junta dinheiro, qual o objectivo da sua incansável actividade: ela é irracional. Os homens activos rebolam como rebola a pedra, em conformidade com a estupidez da mecânica. Todos os homens se dividem, como em todos os tempos também ainda actualmente, em escravos e livres; pois quem não tiver para si dois terços do seu dia é um escravo, seja ele, de resto, o que quiser: político, comerciante, funcionário, erudito.

Felicidade e Cultura

A visão das imediações da nossa infância comove-nos: a casa de campo, a igreja com as sepulturas, a lagoa e o bosque… é sempre com padecimento que voltamos a ver isso. Apodera-se de nós a compaixão para com nós próprios, pois por que sofrimentos não passámos, desde então! E ali continua a estar tudo tão calmo, tão eterno: só nós estamos mudados, tão agitados; até tornamos a encontrar algumas pessoas, nas quais o tempo não meteu dente mais do que num carvalho: camponeses, pescadores, habitantes da floresta… são os mesmos. Comoção, compaixão consigo próprio, à vista da cultura inferior, é sinal de cultura superior; donde se conclui que, por intermédio desta, a felicidade, em todo o caso, não foi acrescida. Justamente, quem quiser colher da vida felicidade e deleite só tem que se desviar sempre da cultura superior.

O Homem-Massa

Numa boa ordenação das coisas públicas, a massa é o que não actua por si mesma. Tal é a sua missão. Veio ao mundo para ser dirigida, influída, representada, organizada – até para deixar de ser massa, ou, pelo menos, aspirar a isso. Mas não veio ao mundo para fazer tudo isso por si. Necessita referir a sua vida à instância superior, constituída pelas minorias excelentes. Discuta-se quanto se queira quem são os homens excelentes; mas que sem eles – sejam uns ou outros – a humanidade não existiria no que tem de mais essencial, é coisa sobre a qual convém que não haja dúvida alguma, embora leve a Europa todo um século a meter a cabeça debaixo da asa, ao modo dos estrúcios para ver se consegue não ver tão radiante evidência. Porque não se trata de uma opinião fundada em factos mais ou menos frequentes e prováveis, mas numa lei da «física» social, muito mais incomovível que as leis da física de Newton. No dia em que volte a imperar na Europa uma autêntica filosofia – única coisa que pode salvá-la –, compreender-se-á que o homem é, tenha ou não vontade disso, um ser constitutivamente forçado a procurar uma instância superior.

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O Sensacionismo

Sentir é criar.
Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.
– Mas o que é sentir?
Ter opiniões é não sentir.
Todas as nossas opiniões são dos outros.
Pensar é querer transmitir aos outros aquilo que se julga que se sente.
Só o que se pensa é que se pode comunicar aos outros. O que se sente não se pode comunicar. Só se pode comunicar o valor do que se sente. Só se pode fazer sentir o que se sente. Não que o leitor sinta a pena comum [?].
Basta que sinta da mesma maneira.
O sentimento abre as portas da prisão com que o pensamento fecha a alma.
A lucidez só deve chegar ao limiar da alma. Nas próprias antecâmaras é proibido ser explícito.
Sentir é compreender. Pensar é errar. Compreender o que outra pessoa pensa é discordar dela. Compreender o que outra pessoa sente é ser ela. Ser outra pessoa é de uma grande utilidade metafísica. Deus é toda a gente.
Ver, ouvir, cheirar, gostar, palpar – são os únicos mandamentos da lei de Deus. Os sentidos são divinos porque são a nossa relação com o Universo,

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Todo o Génio é um Degenerado

Sendo certo que todo o génio é um degenerado (nem superior, nem inferior, porque há só degenerados de uma espécie, mau grado a absurda escapatória dos psiquiatras modern style), certíssimo é, sem dúvida, que entre os génios, os da inteligência assumem um relevo máximo de degeneração. Um chefe político, um grande general, são, no que génios, degenerados, porque são desvios do tipo normal e originais na sua acção e na sua individualidade. Mas são normais porque são homens de acção, porque vivem no meio da vida, e não se pode fazer isso sem uma certa adaptação a ela. O mais revolucionário dos génios políticos tem de se adpatar ao que quer destruir para o poder destruir. Tem de mergulhar na vida que quer substituir para poder agir sobre ela.
Não assim na esfera da inteligência e da emoção intelectualizada – na da filosofia e na da arte, digo. Sobre ser original, o artista, o pensador é um inadaptado às formas normais da vida, por isso que nem age no sentido da actividade normal (porque é original), nem age no que age, age vulgarmente (porque, em lugar de ter uma acção vulgar, orienta a sua vida sobretudo para a sensação e para a inteligência e não para a acção,

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A Realidade Histórica é Equívoca e Inesgotável

O historiador pertence ao devir que descreve. Está situado após os acontecimentos, mas na mesma evolução. A ciência histórica é uma forma de consciência que uma comunidade toma de si mesma, um elemento da vida colectiva, como o conhecimento de si um aspecto da consciência pessoal, um dos factores do destino individual. Não é ela função simultaneamente da situação actual, que por definição muda com o tempo, e da vontade que anima o sábio, incapaz de se destacar de si mesmo e do seu objecto?
Mas, por outro lado, ao contrário, o historiador busca penetrar a consciência de outrem. É, em relação ao ser histórico, o outro. Psicólogo, estratega ou filósofo, observa sempre do exterior. Não pode nem pensar o seu herói, como este se pensa a si mesmo, nem ver a batalha como o general a viu ou viveu, nem compreender uma doutrina do mesmo modo que o criador.
Finalmente, quer se trate de interpretar um acto ou uma obra, devemos reconstuí-los conceptualmente. Ora nós temos sempre de escolher entre múltiplos sistemas, pois a ideia é ao mesmo tempo imanente e transcendente à vida: todos os monumentos existem por eles mesmos num universo espiritual, a lógica jurídica e económica é interna à realidade social e superior à consciência individual.

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Os Feitos Simples são os Mais Elogiados e Lembrados

Duas pátrias produziram dois heróis: de Tebas saiu Hércules; de Roma saiu Catão. Foi Hércules aplauso da orbe, foi Catão enfado de Roma. A um admiraram todos, ao outro esquivaram-se os romanos. Não admite controvérsia a vantagem que levou Catão a Hércules, pois o excedeu em prudência; mas ganhou Hércules a Catão em fama. Mais de árduo e primoroso teve o assunto de Catão, pois se empenhou em sujeitar os monstros dos costumes, e Hércules os da natureza; mas teve mais de famoso o do tebano. A diferença consistiu em que Hércules empreendeu façanhas plausíveis e Catão odiosas. A plausibilidade do cargo levou a glória de Alcides (nome anterior de Hércules) aos confins do mundo, e passará ainda além deles caso se alarguem. O desaprezível do cargo circunscreveu Catão ao interior das muralhas de Roma.
Com tudo isto, preferem alguns, e não os menos judiciosos, o assunto primoroso ao mais plausível, e pode mais com eles a admiração de poucos que o aplauso de muitos, sendo vulgares. Os milagres de ignorantes apelam aos empenhos plausíveis. O árduo, o primoroso de um superior assunto poucos o percebem, embora eminentes, sendo assim raros os que nele acreditam. A facilidade do plausível permite-se a todos,

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A Psicologia de Grupo

O indivíduo num grupo está sujeito, através da influência deste, ao que com frequência constitui uma profunda alteração na sua actividade mental. A sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivíduos do grupo; e esse resultado só pode ser alcançado pela remoção daquelas inibições aos instintos que são peculiares a cada indivíduo, e pela resignação deste àquelas expressões de inclinações que são especialmente suas. Aprendemos que essas consequências, amiúde importunas, são, até certo ponto pelo menos, evitadas por uma «organização» superior do grupo, mas isto não contradiz o fato fundamental da psicologia de grupo: as duas teses relativas à intensificação das emoções e à inibição do intelecto nos grupos primitivos.

Boa e Má Literatura

O que acontece na literatura não é diferente do que acontece na vida: para onde quer que se volte, depara-se imediatamente com a incorrigível plebe da humanidade, que se encontra por toda a parte em legiões, preenchendo todos os espaços e sujando tudo, como as moscas no verão.
Eis a razão do número incalculável de livros maus, essa erva daninha da literatura que tudo invade, que tira o alimento do trigo e o sufoca. De facto, eles arrancam tempo, dinheiro e atenção do público – coisas que, por direito, pertencem aos bons livros e aos seus nobres fins – e são escritos com a única intenção de proporcionar algum lucro ou emprego. Portanto, não são apenas inúteis, mas também positivamente prejudiciais. Nove décimos de toda a nossa literatura actual não possui outro objectivo senão o de extrair alguns táleres do bolso do público: para isso, autores, editores e recenseadores conjuraram firmemente.
Um golpe astuto e maldoso, porém notável, é o que teve êxito junto aos literatos, aos escrevinhadores que buscam o pão de cada dia e aos polígrafos de pouca conta, contra o bom gosto e a verdadeira educação da época, uma vez que eles conseguiram dominar todo o mundo elegante,

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A Espontaneidade

O homem produz tudo o que sai da sua natureza. Concorre com a sua actividade; fornece a força bruta que produz o resultado. Mas a direcção dessa força não lhe pertence. Dá a matéria: a forma, porém, vem doutra parte. O verdadeiro autor das obras espontâneas é a natureza humana, ou, se se quiser, a causa superior da natureza. Neste ponto torna-se indiferente atribuir a causalidade a Deus ou ao Homem. O Espontâneo é à uma humano e divino. Está nisto a conciliação de opiniões, antes incompletas do que contraditórias, que, segundo dizem respeito a uma ou outra face do fenómeno, têm igualmente uma parte de verdade.

No Fundo Somos Bons Mas Abusam de Nós

O comum das gentes (de Portugal) que eu não chamo povo porque o nome foi estragado, o seu fundo comum é bom. Mas é exactamente porque é bom, que abusam dele. Os próprios vícios vêm da sua ingenuidade, que é onde a bondade também mergulha. Só que precisa sempre de lhe dizerem onde aplicá-la. Nós somos por instinto, com intermitências de consciência, com uma generosidade e delicadeza incontroláveis até ao ridículo, astutos, comunicáveis até ao dislate, corajosos até à temeridade, orgulhosos até à petulância, humildes até à subserviência e ao complexo de inferioridade. As nossas virtudes têm assim o seu lado negativo, ou seja, o seu vício. É o que normalmente se explora para o pitoresco, o ruralismo edificante, o sorriso superior. Toda a nossa literatura popular é disso que vive.
Mas, no fim de contas, que é que significa cultivarmos a nossa singularidade no limiar de uma «civilização planetária»? Que significa o regionalismo em face da rádio e da TV? O rasoiro que nivela a província é o que igualiza as nações. A anulação do indivíduo de facto é o nosso imediato horizonte. Estruturalismo, linguística, freudismo, comunismo, tecnocracia são faces da mesma realidade. Como no Egipto, na Grécia,

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O Transitório e o Duradouro

Lastimo os que atribuem grande importância ao tema do transitório das coisas e que se perdem em minudências terrenas sem valor. Porque nós existimos precisamente para transformar o transitório em duradouro, e tal só acontece quando somos capazes de apreciar ambas as coisas.

A vida, por mais vulgar que pareça ser, por mais que dê a ideia de se satisfazer com coisas triviais e quotidianas, nunca deixa de se ocupar atentamente, ainda que em silêncio, de certas exigências superiores e de procurar os meios necessários à respectiva satisfação.

Alimentar o Ego

Para quem faz do sonho a vida, e da cultura em estufa das suas sensações uma religião e uma política, para esse primeiro passo, o que acusa na alma que ele deu o primeiro passo, é o sentir as coisas mínimas extraordinária — e desmedidamente. Este é o primeiro passo, e o passo simplesmente primeiro não é mais do que isto. Saber pôr no saborear duma chávena de chá a volúpia extrema que o homem normal só pode encontrar nas grandes alegrias que vêm da ambição subitamente satisfeita toda ou das saudades de repente desaparecidas, ou então nos actos finais e carnais do amor; poder encontrar na visão dum poente ou na contemplação dum detalhe decorativo aquela exasperação de senti-los que geralmente só pode dar, não o que se vê ou o que se ouve, mas o que se cheira ou se gosta — essa proximidade do objecto da sensação que só as sensações carnais — o tacto, o gosto, o olfacto – esculpem de encontro à consciência; poder tornar a visão interior, o ouvido do sonho — todos os sentidos supostos e do suposto — recebedores e tangíveis como sentidos virados para o externo: escolho estas, e as análogas suponham-se,

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Amor e Justiça

Porque é que se sobrestima o amor em detrimento da justiça e se diz dele as coisas mais lindas, como se ele fosse uma entidade muito superior àquela? Pois não é ele visivelmente mais estúpido que aquela? Por certo, mas, precisamente por isso, tanto mais agradável para todos. Ele é estúpido e possui uma rica cornucópia; tira desta os seus presentes e distribui-os a qualquer pessoa, mesmo que esta não os mereça e até nem sequer lhe agradeça por isso. É imparcial como a chuva, a qual, segundo a Bíblia e a experiência, não só encharca o injusto até aos ossos, mas também, em determinadas circunstâncias, o justo.

A Felicidade não Inclui o Êxtase

A sensação de sermos unos com a natureza animal, vegetal e mineral, e a satisfação de mergulhar nessa sensação, não é de todo degradante. É tão bom sentir pulsar dentro de nós toda a vida, e simultaneamente buscar aquela existência superior cuja realização só nos é possível sonhar ou pressentir!
Não permitis que considerem fantasmas os dois grandes pólos do homem, a verdade e a felicidade; quando sonhamos sonhos de felicidade, é certo já a termos conquistado.
A satisfação de uma paixão absolutamente pessoal é embriaguez ou prazer: não é felicidade.
A felicidade é algo duradouro e indestrutível; caso contrário, não seria felicidade. Aqueles que gostariam de perpetuar a embriaguez e de incluir nela a felicidade, andam atrás do impossível. O êxtase é um estado excepcional cuja permanência nos mataria, e a natureza inteira depressa se eclipsaria sob a influência desse estado delirante.

A Comédia do Ambicioso

Um homem que aspira a coisas grandes considera todo aquele que encontra no seu caminho, ou como meio, ou como retardamento e impedimento, – ou como um leito de repouso passageiro. A sua “bondade” para com os outros, que o caracteriza e que é superior, só é possível quando ele atinge o seu máximo e domina. A impaciência e a sua consciência de, até aqui, estar sempre condenado à comédia – pois mesmo a guerra é uma comédia e encobre, como qualquer meio encobre o fim -, estraga-lhe todo o convívio: esta espécie de homem conhece a solidão e o que ela tem de mais venenoso.

Opiniões Influenciadas pelo Interesse

A maior parte das coisas pode ser considerada sob pontos de vista muito diferentes: interesse geral ou interesse particular, principalmente. A nossa atenção, naturalmente concentrada sob o aspecto que nos é proveitoso, impede que vejamos os outros. O interesse possui, como a paixão, o poder de transformar em verdade aquilo em que lhe é útil acreditar. Ele é, pois, freqüentemente, mais útil do que a razão, mesmo em questões em que esta deveria ser, aparentemente, o guia único. Em economia política, por exemplo, as convicções são de tal modo inspiradas pelo interesse pessoal que se pode, em geral, saber préviamente, conforme a profissão de um indivíduo, se ele é partidário ou não do livre câmbio.
As variações de opinião obedecem, naturalmente, às variações do interesse. Em matéria política, o interesse pessoal constitui o principal factor. Um indivíduo que, em certo momento, energicamente combateu o imposto sobre a renda, com a mesma energia o defenderá mais, se conta ser ministro. Os socialistas enriquecidos acabam, em geral, conservadores, e os descontentes de um partido qualquer se transformam facilmente em socialistas.
O interesse, sob todas as suas formas, não é somente gerador de opiniões. Aguçado por necessidades muito intensas, ele enfraquece logo a moralidade.

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Desistir de Querer Entender Tudo

Há momentos em que todas as respostas e explicações falham. Nesses casos, a vida deixa de fazer sentido. Ou, então, não sabemos mais o que dizer ou fazer quando alguém em aflição vem pedir-nos ajuda.
Ao aceitar completamente que não se tem explicações para tudo, desiste-se da luta para encontrar respostas através da mente racional e limitada, e é nessa altura que uma inteligência superior pode operar através de nós. Então, até mesmo a mente pode beneficiar com essa intervenção, uma vez que a inteligência superior aflui para o pensamento e inspira-o.
Por vezes, a entrega significa desistir de querer entender e aprender a conviver bem com o facto de não se saber tudo.

Fazer os Sonhos Levantarem Voo

Alguns sonhos são belos, outros poéticos; uns realizáveis, outros difíceis de serem concretizados; uns envolvem uma pessoa, outros, a sociedade; uns possuem rotas claras, outros, curvas imprevisíveis; uns são rapidamente produzidos, outros precisam de anos de maturação.

Há muitos tipos de sonhos. Sonho de se apaixonar por alguém, de gerar filhos ou conquistar amigos. Sonho de tirar um curso, ter uma empresa, ter sucesso financeiro para si e para ajudar os outros. Sonho de ter saúde física e psíquica, de ter paz interior e de viver intensamente cada momento da vida.
Sonho de ser um cientista, um médico, um educador, um empresário, um empreendedor, um profissional que faça a diferença. Sonho de viajar pelo mundo, de pintar quadros, escrever um livro, ser útil ao próximo. Sonho de aprender a tocar um instrumento, praticar desportos, bater recordes.

Muitos enterram os seus sonhos nos escombros dos seus problemas. Alguns soldados nunca mais foram motivados para a vida depois de verem os seus colegas morrerem em combate.
Alguns oradores nunca mais recuperaram a sua segurança depois de terem um ataque de pânico em público. Alguns desportistas não conseguiram repetir a sua performance depois de fazerem uma cirurgia correctiva ou serem apanhados no controlo antidoping.

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