Desprezo e Receio
JĂĄ notei que a maior parte dos homens se sente açulada e indignada quando, em pleno combate moral, recorremos Ă ternura e ao afecto. Ă vĂȘ-los feras amansadas e apanhadas de surpresa assim que recorremos Ă violĂȘncia ou Ă dureza. Raça detestĂĄvel! Tal preceito mantĂ©m-se praticamente inalterĂĄvel no que respeita ao amor.
Realidade estranha e deplorĂĄvel, pois, em muitos casos, Ă© igualmente aplicĂĄvel Ă amizade; realidade pavorosa, desesperante, mas inevitĂĄvel, necessĂĄria Ă subsistĂȘncia das nossas sociedades, dos governos mais democrĂĄticos aos mais despĂłticos. Quando nĂŁo Ă© refreado nem reprimido, o homem aproveita imediatamente para cometer abusos. Despreza quem o receia e maltrata quem o ama; receia quem o despreza e ama quem o maltrata.
Textos sobre ViolĂȘncia de George Sand
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