Passagens sobre Últimos

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Frases sobre Ășltimos, poemas sobre Ășltimos e outras passagens sobre Ășltimos para ler e compartilhar. Leia as melhores citaçÔes em Poetris.

A solidĂŁo concede ao homem intelectualmente superior uma vantagem dupla: primeiro, a de estar sĂł consigo mesmo; segundo, a de nĂŁo estar com os outros. Esta Ășltima serĂĄ altamente apreciada se pensarmos em quanta coerção, quanto dano e atĂ© mesmo quanto perigo toda a convivĂȘncia social traz consigo.

Aonde, Amor Cruel, aonde me Guias?

Aonde, amor cruel, aonde me guias?
SĂŁo estes os teus bosques consagrados
Onde sĂł vejo peitos lacerados,
CoraçÔes em extremas agonias?

SĂł respondem as duras penedias
A mĂ­seros gemidos em vĂŁo dados;
Olhos formosos, rostos delicados
SĂŁo ministros das tuas tiranias.

Jå me rasgam o peito em mil pedaços:
Marcia me disparou acerbos tiros,
LĂĄ vai fugindo com velozes passos.

Suspende, Ăł ninfa, os apressados giros,
Deixa cruel, ao menos, que em teus braços
Amintas lance os Ășltimos suspiros.

O Ășltimo refĂșgio do oprimido Ă© a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. O tirano pode evitar uma fotografia, nĂŁo pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade.

Ninguém é Feliz quando Treme pela sua Felicidade

NinguĂ©m Ă© feliz quando treme pela sua felicidade. NĂŁo se apoia em bases sĂłlidas quem tira a sua satisfação de bens exteriores, pois acabarĂĄ por perder o bem-estar que obteve. Pelo contrĂĄrio, um bem que nasce dentro de nĂłs Ă© permanente e constante, e vai sempre crescendo atĂ© ao nosso Ășltimo momento; todos os demais bens ante os quais se extasia o vulgo sĂŁo bens efĂ©meros. “E entĂŁo? Quer isso dizer que sĂŁo inĂșteis e nĂŁo podem dar satisfação?” É evidente que nĂŁo, mas apenas se tais bens estiverem na nossa dependĂȘncia, e nĂŁo nĂłs na dependĂȘncia deles. Tudo quanto cai sob a alçada da fortuna pode ser proveitoso e agradĂĄvel na condição de o seu beneficiĂĄrio ser senhor de si prĂłprio em vez de ser servo das suas propriedades. É um erro pensar-se, LucĂ­lio, que a fortuna nos concede o que quer que seja de bom ou de mau; ela apenas dĂĄ a matĂ©ria com que se faz o bom e o mau, dĂĄ-nos o material de coisas que, nas nossas mĂŁos, se transformam em boas ou mĂĄs.
O nosso espírito é mais poderoso do que toda a espécie de fortuna, ele é quem conduz a nossa vida no bom ou no mau sentido,

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Retrato de Mulher Triste

Vestiu-se para um baile que nĂŁo hĂĄ.
Sentou-se com suas Ășltimas jĂłias.
E olha para o lado, imĂłvel.

Estå vendo os salÔes que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que nĂŁo existiu.

Se alguém lhe disser que sonha,
levantarå com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.

Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lĂĄgrimas.

Poeminha Sentimental

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vĂȘm pousar as andorinhas…
De vez em quando chega uma
E canta
(NĂŁo sei se as andorinhas cantam, mas vĂĄ lĂĄ!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A Ășltima que passou
Limitou-se a fazer cocĂŽ
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor Ă© sempre o mesmo:
As andorinhas Ă© que mudam.

Despondency

DeixĂĄ-la ir, a ave, a quem roubaram
Ninho e filhos e tudo, sem piedade…
Que a leve o ar sem fim da soledade
Onde as asas partidas a levaram…

DeixĂĄ-la ir, a vela, que arrojaram
Os tufÔes pelo mar, na escuridade,
Quando a noite surgiu da imensidade,
Quando os ventos do Sul levantaram…

DeixĂĄ-la ir, a alma lastimosa,
Que perdeu fé e paz e confiança,
À morte queda, Ă  morte silenciosa…

DeixĂĄ-la ir, a nota desprendida
D’um canto extremo… e a Ășltima esperança…
E a vida… e o amor… DeixĂĄ-la ir, a vida!

A teoria da negação, que considera efĂȘmero o mundo fenomĂȘnico, quando nĂŁo se fundamenta na certeza da existĂȘncia do Eu divino (Imagem Verdadeira), degenera em pessimismo e niilismo. A mesma teoria da negação, quando se alicerça na certeza da existĂȘncia do Eu divino (Imagem Verdadeira), torna-se a maior das filosofias otimistas. Esta Ășltima Ă© a Seicho-No-Ie.

Saberei Conquistå-la Através de Todos os Sacrifícios

Perdoe-me se me apaixonei a este ponto de si. Mas nĂŁo passarei daqui, nem ninguĂ©m me verĂĄ! Fechado num quarto da pousada, espero a sua resposta. Esperarei seis horas por umas linhas suas e depois volto para Paris. JĂĄ nem sei viver, vagueio por aĂ­, ferido de morte. Prefiro cansar-me em longos passeios a cavalo, a consumir-me na solidĂŁo, ou no meio de pessoas que deixaram de me entender… Ordene-me que parta e nĂŁo tornarĂĄ a ser atormentada por um homem a quem um mĂȘs bastou para perder a razĂŁo.
Muito gostaria de surpreender o seu primeiro pensamento ao acordar; nĂŁo posso descrever-lhe o reconhecimento que me enche o coração, este coração que reclama apenas a sua amizade, que saberĂĄ conquistĂĄ-la atravĂ©s de todos os sacrifĂ­cios, que Ă© completamente vosso atĂ© ao seu Ășltimo alento.
NĂŁo me conformo com a ideia de ser abandonado. O seu interesse Ă©-me mil vezes mais preciso do que a prĂłpria vida, mas saberei moderar a expressĂŁo dos meus sentimentos e nĂŁo terei outras aspiraçÔes do que as que me forem permitidas; tambĂ©m saberei esconder-lhe os meus temores; respeitarei o seu repouso – mas vĂȘ-la-ei, e nunca mais haverĂĄ felicidade na minha vida se nĂŁo puder consagrar-lha inteiramente.

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Como as coisas Ășltimas sĂŁo mais verdadeiras e mais manifestas que as primeiras

Como as coisas Ășltimas sĂŁo mais verdadeiras e mais manifestas que as primeiras, as futuras sĂŁo ainda mais verdadeiras.

Para Além do Hoje

Cada vez mais se vive o momento. Fugimos do passado e temos medo do futuro, o que implica que somos forçados a viver um presente demasiado pequeno.

Os tempos de descanso devem ser ocasião de trabalho interior. Mas, vai sendo cada vez mais raro encontrar gente com memória, assim com também é raro encontrar pessoas com discernimento suficiente para se comprometerem em projetos a longo prazo.

Navega-se Ă  vista… sem riscos, sem sucessos nem fracassos… sem sentido. Vamos dando as respostas mĂ­nimas ao mundo e aos outros, em vez de sermos protagonistas dos nossos sonhos e herĂłis apesar das nossas derrotas.
O passado e o futuro nĂŁo sĂŁo mentira. SĂŁo partes da verdade. Sou o que fui e o que serei. Uma identidade que vive no tempo, uma coerĂȘncia que se constrĂłi atravĂ©s diferentes espaços e tempos, amando o que hĂĄ de eterno em cada momento. Elevando o espĂ­rito acima da realidade concreta do mundo.

Uma existĂȘncia autĂȘntica – uma vida com valor – constrĂłi-se com uma estrutura sĂłlida, equilibrada e aberta a horizontes mais longĂ­nquos em termos temporais. Um presente maior, com mais passado e mais futuro. Sermos quem somos, de olhos abertos.

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O fator em Ășltima anĂĄlise determinante da histĂłria Ă© a produção e a reprodução da vida imediata.

A ConsistĂȘncia do Ser

Diz-se que quem modifica de tempos a tempos as suas ideias nĂŁo merece qualquer confiança, porque faz supor que as suas Ășltimas afirmaçÔes sĂŁo tĂŁo errĂłneas como as anteriores. E, por outro lado, quem mantĂ©m as suas primeiras ideias e nĂŁo as abandona facilmente, passa por teimoso e iludido. Perante estes dois juĂ­zos opostos da crĂ­tica, hĂĄ sĂł uma opção a fazer: permanecer-se aquilo que se Ă©, e seguir-se apenas o prĂłprio juĂ­zo.

TĂ©dio

Sobre minh’alma, como sobre um trono,
Senhor brutal, pesa o aborrecimento.
Como tardas em vir, Ășltimo outono,
Lançar-me as folhas Ășltimas ao vento!

Oh! dormir no silĂȘncio e no abandono,
SĂł, sem um sonho, sem um pensamento,
E, no letargo do aniquilamento,
Ter, Ăł pedra, a quietude do teu sono!

Oh! deixar de sonhar o que nĂŁo vejo!
Ter o sangue gelado, e a carne fria!
E, de uma luz crepuscular velada,

Deixar a alma dormir sem um desejo,
Ampla, fĂșnebre, lĂșgubre, vazia
Como uma catedral abandonada!…

Conta Comigo Sempre

Conta comigo sempre. Desde a sĂ­laba inicial atĂ© Ă  Ășltima gota de sangue. Venho do silĂȘncio incerto do poema e sou, umas vezes constelação e outras vezes ĂĄrvore, tantas vezes equilĂ­brio, outras tantas tempestade. A nossa memĂłria Ă© um mistĂ©rio, recordo-me de uma mĂșsica maravilhosa que nunca ouvi, na qual consigo distinguir com clareza as flautas, os violinos, o oboĂ©.
O sonho Ă©, e serĂĄ sempre e apenas, dos vivos, dos que mastigam o pĂŁo amadurecido da dĂșvida e a carne deslumbrada das pupilas. Estou entre vazios e plenitudes, encho as mĂŁos com uma fragilidade que Ă© um pĂĄssaro sĂĄbio e distraĂ­do que se aninha no coração e se alimenta de amor, esse amor acima do desejo, bem acima do sofrimento.
Conta comigo sempre. Piso as mesmas pedras que tu pisas, ergo-me da face da mesma moeda em que te reconheço, contigo quero festejar dias antigos e os dias que hão-de vir, contigo repartirei também a minha fome mas, e sobretudo, repartirei até o que é indivisível. Tu sabes onde estou.
Sabes como me chamo. Estarei presente quando jå mais ninguém estiver contigo, quando chegar a hora decisiva e não encontrares mais esperança, quando a tua antiga coragem vacilar.

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