O riso é o sol que afugenta o inverno do rosto humano.
Passagens de Victor Hugo
401 resultadosNada é tão poderoso no mundo como uma ideia cuja oportunidade chegou.
A primeira igualdade, é a justiça.
Os grandes erros são muitas vezes feitos, como as cordas, de uma quantidade de fios.
Graças à sombra, apreciamos a luz; graças ao vício, admiramos a virtude.
Ninguém é mau, e quanto mal foi feito.
Libertação não é liberdade; o forçado sai das galés, mas é perseguido pela condenação.
E cada homem é um livro onde o próprio Deus escreve.
As ideias é o que se deve derramar, em vez de sangue, para fecundar o campo em que germina o futuro dos povos.
O pensamento é mais que um direito; é o próprio alento do homem.
A plebe apenas pode fazer tumultos. Para fazer uma revolução, é preciso o povo.
As Realidades da Alma
É certo que o homem fala a si mesmo; não há um único ser racional que o não tenha experimentado. Pode-se até dizer que o mistério do Verbo nunca é mais magnífico do que quando, no interior do homem, vai do pensamento à consciência, e volta da consciência ao pensamento. (…) Diz, fala, exclama cada um consigo mesmo, sem que seja quebrado o silêncio exterior. Há um grande tumulto; tudo fala em nós, excepto a boca. As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, nem por isso deixam de ser também realidades.
A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano.
O odioso é a porta de saída do ridículo.
Quebrar os laços que as unem parece ser instinto de certas famílias miseráveis.
Errar é do homem, passear é do parisiense. No fundo, espírito penetrante, e mais pensador do que parecia.
Os mortos são uns invisíveis, e não uns ausentes.
A miséria de uma criança interessa a uma mãe, a miséria de um rapaz interessa a uma rapariga, a miséria de um velho não interessa a ninguém.
O Facto e o Direito
O direito é a justiça e a verdade. O característico do direito é conservar-se perpetuamente puro e belo. O facto, ainda o mais necessário, segundo as aparências, ainda o melhor aceite pelos contemporâneos, se só existe como facto, contendo pouco ou nada de direito, é infalivelmente destinado a tornar-se, com o andar dos tempos, disforme, imundo, talvez até monstruoso. Se alguém quiser verificar de um só jacto a que ponto de fealdade pode chegar o facto, visto à distância dos séculos, olhe para Maquiavel. Maquiavel não é um mau génio, nem um demónio, nem um escritor cobarde e miserável; é o facto puro. E não é só o facto italiano, é o facto europeu, é o facto do século XVI. Parece hediondo, e é-o, em presença da ideia moral do século XIX.
Esta luta do direito e do facto dura desde a origem das sociedades. Terminar o duelo, amalgamar a ideia pura com a realidade humana, fazer penetrar pacificamente o direito no facto e o facto no direito, eis o trabalho dos sábios.
Mentir é maldade absoluta. Não é possível mentir pouco ou muito; quem mente, mente. A mentira é a própria face do demônio.