É a história dos grandes conflitos, é tudo negócios. Um assassinato faz um vilão, milhões fazem um herói. Os números santificam.
Passagens sobre Vilões
42 resultadosA cabo de cem anos, os reis são vilões; e a cabo de cento e dez, os vilões são reis.
Dar a bofetada e esconder a mão é de vilão.
Com vilão, vilão e meio.
Come o vilão da casa do patrão.
Beneficiar vilões é deitar água no mar.
Sete Anos A Nobreza Da Bahia
Ao casamento de Pedro Álvares de Neiva. Ana Maria era uma donzela nobre, e rica, que veio da Índia sendo solicitada pelos melhores da terra para desposários, empreendeu frei Tomás casá-la com o dito e o conseguiu.
Sete anos a nobreza da Bahia
Servia a uma pastora indiana e bela,
Porém servia a Índia, e não a ela,
Que a Índia só por prêmio pretendia.Mil dias na esperança de um só dia
Passava, contentando-se com vê-la:
Mas frei Tomás, usando de cautela,
Deu-lhe o vilão, quitou-lhe a fidalguia.Vendo o Brasil que por tão sujos modos
Se lhe usurpara a sua Dona Elvira
Quase a golpes de um maço e de uma goiva:Logo se arrependeram de amar todos,
Mas qualquer mais amara se não vira
Para tão limpo amor tão suja noiva.
Vilão servido, vilão esquecido.
Vilão farto, pé dormente.
Ódio Sagrado
Ó meu ódio, meu ódio majestoso,
Meu ódio santo e puro e benfazejo,
Unge-me a fronte com teu grande beijo,
Torna-me humilde e torna-me orgulhoso.Humilde, com os humildes generoso,
Orgulhoso com os seres sem Desejo,
Sem Bondade, sem Fé e sem lampejo
De sol fecundador e carinhoso.Ó meu ódio, meu lábaro bendito,
Da minh’alma agitado no infinito,
Através de outros lábaros sagrados.Ódio são, ódio bom! sê meu escudo
Contra os vilões do Amor, que infamam tudo,
Das sete torres dos mortais Pecados!
Vilão quer-se espremido com limão.
Em casa de vilão, nem gato, nem cão.
O vilão morde a mão que o afaga.
A Senhora de Brabante
Tem um leque de plumas gloriosas,
na sua mão macia e cintilante,
de anéis de pedras finas preciosas
a Senhora Duquesa de Brabante.Numa cadeira de espaldar dourado,
Escuta os galanteios dos barões.
— É noite: e, sob o azul morno e calado,
concebem os jasmins e os corações.Recorda o senhor Bispo acções passadas.
Falam damas de jóias e cetins.
Tratam barões de festas e caçadas
à moda goda: — aos toques dos clarins!Mas a Duquesa é triste. — Oculta mágoa
vela seu rosto de um solene véu.
— Ao luar, sobre os tanques chora a água…
— Cantando, os rouxinóis lembram o céu…Dizem as lendas que Satã vestido
de uma armadura feita de um brilhante,
ousou falar do seu amor florido
à Senhora Duquesa de Brabante.Dizem que o ouviram ao luar nas águas,
mais louro do que o sol, marmóreo, e lindo,
tirar de uma viola estranhas mágoas,
pelas noites que os cravos vêm abrindo…Dizem mais que na seda das varetas
do seu leque ducal de mil matizes…
Quando se faz ao vilão tudo é maldição.
O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota.
A ingratidão descobre o vilão.
Ao vilão, dá-lhe o dedo e tomar-te-á a mão.
Vilão servido, vilão fugido.
Do vilão e do limão, o que tiver.